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Miúdos Seguros Na Net - Promover a Segurança de Crianças e Jovens na Internet

Minimizar Riscos, Maximizar Benefícios.

Miúdos Seguros Na Net - Promover a Segurança de Crianças e Jovens na Internet

Minimizar Riscos, Maximizar Benefícios.

EuKidsOnline: Exposição a Conteúdos Sexuais

Tito de Morais, 18.10.11
Imagem: Gráfico 'Conteúdos Sexuais'

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem continuo a analisar as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II, muitas delas comparativamente aos restantes países alvo da investigação.

Segundo o relatório, “a exposição de crianças a conteúdos sexuais online aparenta ser maior nos países Nórdicos e alguns países de Leste”. Por outro lado, as crianças/jovens reportam menor exposição a este tipo de conteúdos nos países do Sul da Europa e em países predominantemente Católicos. Este é caso de Portugal, em que apenas 13% das crianças/jovens afirmam ter visto imagens sexuais em websites. Com valores inferiores, apenas 7 países: Chipre, Reino Unido, Irlanda, Hungria, Espanha, Itália e Alemanha.

 

Curiosamente, é superior o número de crianças/jovens Portugueses que afirma ter visto ou enviado mensagens de cariz sexual. Em Portugal a percentagem é de 15%. Com valores inferiores, são já onze os países e 14 os países com valores superiores.

No entanto, Portugal faz parte de um grupo de 6 países – Roménia, Bélgica, Polónia, Turquia, Reino Unido e Alemanha - em que a percentagem de crianças/jovens que afirma já ter visto ou recebido mensagens de cariz sexual é superior ao número de crianças/jovens que afirmam ter visto imagens sexuais em websites.

Como refere o relatório, os dados da investigação não suportam o pânico moral que por vezes rodeia a questão do acesso de crianças e jovens a conteúdos sexuais online.

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Perfis em Redes Sociais

Tito de Morais, 17.10.11
Image: Gráfico 'Uso de Redes Sociais por crianças, por pais e idade'

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem continuo a analisar as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II.

 

O projecto EuKidsOnline já havia publicado um documento específico relativo a participação das crianças e dos jovens em redes sociais. O documento está disponível online e merece ser cruzado com os dados deste relatório final.

 

Em Portugal, o Facebook é a rede social dominante entre as crianças e jovens com idades compreendidas entre os 9 e os 16 anos de idade. No entanto, enquanto 38% das crianças entre os 9 e os 12 anos têm um perfil numa rede social, essa percentagem aumenta para os 78% no jovens entre os 13 e os 16 anos de idade.

 

Imagem: Gráfico 'Equilíbrio no uso de redes sociais por crianças mais novas e mais velhas'

No que toca às crianças entre os 9 e os 12 anos com perfil em redes sociais, apenas 9 países apresentam percentagens inferiores à de Portugal. São eles Turquia (37%), Bulgária (36%), Irlanda (35%), Itália (34%), Grécia (33%), Roménia (29%), Espanha (28%), Alemanha (27%) e França (25%). Com percentagens mais elevadas encontram-se 15 países.

 

Tendo em linha de conta que, como referi no artigo “7 Redes Sociais Para Crianças”, a idade mínima para se usar o Facebook - e a maioria das redes sociais - é de 13 anos, não surpreende que recentemente o Jornal de Notícias tenha noticiado: “Pais Mentem na Idade dos Filhos no Facebook”.

 

No que toca aos jovens entre 13 e os 16 anos com perfil em redes sociais, 6 dos 9 países acima referidos apresentam percentagens inferiores à de Portugal. As excepções são França e  Irlanda (82%) e Espanha (81%).

 

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Crianças Portuguesas Usam Pouco, Mas São Competentes

Tito de Morais, 16.10.11

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem continuo a analisar as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II, muitas delas comparativamente aos restantes países alvo da investigação.

 

Imagem: Gráfico 'Relação entre frequência e competências no uso da Internet'

Apesar de pouco mais de 50% das crianças e jovens Portugueses usarem a Internet diariamente, colocando-os abaixo da média europeia no que toca ao uso quotidiano da Internet, a verdade é que as nossas crianças possuem um número de competências online acima da média dos jovens europeus. Na realidade, melhor que os portugueses, só os Finlandeses, Eslovenos, Holandeses, Estónios, Eslovacos, Suecos e Noruegueses. Mas a percentagem que usa a Internet diariamente nestes países é substancialmente superior (entre os 70 e os 90%). Tendo em linha de conta que, como ilustra o gráfico, quanto mais se usa a Internet, maior é o número de competências, o caminho para obtermos um melhor resultado é fácil de adivinhar: apoiar, estimular e incentivar o maior uso da Internet.

 

A este nível, são particularmente relevantes as implicações políticas referidas no relatório:

  • Encorajar as crianças a fazerem mais coisas online melhorará as suas competências digitais
  • Ensinar competências no domínio da segurança provavelmente melhorará outras competências, tal como o ensino de competências instrumentais e informativas também melhorará as suas competências no domínio da segurança
  • Por fim, dado que existem menores competências entre as crianças mais novas e estas acedem à Internet cada vez mais cedo, estas devem ser uma prioridade para pais e professores

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Em Portugal, Balança Pende Para os Riscos

Tito de Morais, 16.10.11

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem continuo a analisar as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II.

 

Imagem: Gráfico 'Equilíbrio entre as coisas 'boas' e 'más' online'

Como o gráfico ilustra, riscos e oportunidades andam de mão dada. Mas existem diferenças significativas de país para país relativamente à percepção das crianças/jovens. Nesse sentido, o relatório agrupou os países em quatro grupos distintos:

 

 

  • Balança Pende Para as Coisas Boas - países onde as crianças/jovens referem ser “muito verdade” existirem coisas boas online para as crianças/jovens da sua idade e onde respondem “sim” à pergunta “achas que há coisas na Internet que de alguma forma podem incomodar as pessoas da tua idade?”. Neste grupo (quadrante superior esquerdo do gráfico) incluem-se países como a Bulgária, Reino Unido e Áustria, entre outros
  • Balança Pende Para as Coisas Más – Noutros países - no qual se inclui Portugal, mas sobretudo a Grécia e a República Checa, entre outros - as crianças/jovens referem muitas coisas boas para se fazerem online, mas também alguns problemas (quadrante superior direito).
  • Poucas Coisas Boas e Muitas Coisas Más – Neste grupo de países, em que se incluem a Noruega, Suécia e Espanha, entre outros, as crianças/jovens acham que existem alguns problemas e não existem tantos benefícios (quadrante inferior direito).
  • Poucas Coisas Boas e Poucas Coisas Más – Neste último grupo de países, em que se incluem a Turquia e Bélgica, entre outros, as crianças/jovens referem relativamente poucos benefícios ou riscos resultantes da utilização da Internet (quadrante inferior esquerdo). 

A este nível, apesar tudo ainda ficamos bem na fotografia. No entanto, o gráfico mostra o trabalho que temos pela frente no sentido de nos aproximarmos da Letónia e da Grécia ao nível da maximização das oportunidades e da Turquia e da Bélgica ao nível da minimização dos riscos.

 

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Poucos Pais Portugueses Online

Tito de Morais, 15.10.11

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem continuo a analisar as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II, muitas delas comparativamente aos restantes países alvo da investigação.

Imagem: Gráfico 'A relação do uso diário da Internet entre pais e filhos'

Portugal é do países onde os pais cujos filhos usam a Internet, são aqueles que menos usam a Internet numa base diária (pouco mais de 30%). Com piores resultados, só a Roménia e a Turquia. Apesar dos filhos usarem mais a Internet numa base diária que os pais (acima dos 50%), os resultados ainda são fracos. Apenas a Irlanda, a Áustria e a Turquia têm menos crianças/jovens a aceder à Internet.

Estes dados são sobretudo preocupantes à luz de uma das conclusões do estudo: quanto mais os pais estiverem online, mais poderão mediar de uma forma eficaz o uso que os seus filhos fazem da Internet. Perante este panorama, justificam-se as “10 Recomendações de Segurança na Internet” que fiz recentemente.

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Portugal Lidera Uso no Quarto

Tito de Morais, 15.10.11

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem continuo a analisar as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II.

 

Imagem: Gráfico 'O aumento do uso privado / móvel da Internet'

Enquanto a realidade na Europa aponta para o crescimento da Internet móvel pelas crianças e jovens, em Portugal impera o uso privado no quarto. De facto, cerca de 70% das crianças/jovens Portugueses usam a Internet nos seus quartos (só a Suécia e a Dinamarca apresentam valores superiores) e pouco mais de 30% acedem à Internet a partir do telemóvel ou dispositivo portátil (apenas Bélgica, Hungria, França, Roménia e Turquia apresentam valores inferiores).

 

Acredito que o custo elevado dos smartphones, tablets e dos serviços móveis de acesso à Internet móvel possam justificar o atraso de Portugal.

 

Mas o que me preocupa é a “medalha de bronze” na utilização privada no quarto. Estes números justificam em grande parte as “10 Recomendações de Segurança na Internet”. Este índice de utilização no quarto não favorece a criação de sinergias entre crianças, jovens e adultos no domínio da partilha de experiências no domínio da aquisição de competências. De igual modo, não favorece o diálogo e a partilha de actividades online entre pais e filhos. Se cada um tiver o seu portátil e se fechar na sua redoma, a vida familiar dificilmente resistirá. Não sou a favor da proibição da utilização no quarto, particularmente na adolescência, mas sou altamente favorável à utilização da Internet num espaço comum da casa porque torna mais simples e possível o que referi acima.

 

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Banda Larga, Portugal na Cauda da Europa

Tito de Morais, 15.10.11

Na sequência da mensagem anterior, com esta mensagem sublinho as referências relativas a Portugal contidas no relatório final do projecto EuKidsOnline II.

 

Imagem: Mapa da Europa - 'Convergência e Diversidade na Europa'

Apenas 46% dos lares portugueses dispõem de uma ligação de banda larga à Internet. Este dado coloca-nos na cauda da Europa. Apenas Bulgária, Grécia, Itália, Roménia e Turquia apresentam menores taxas de penetração da banda larga.

 

O PIB per capita Português poderá justificar parcialmente esta posição, mas não totalmente. Pelo lado da justificação temos os casos da Bulgária, Roménia e Turquia que apresentam taxas de penetração da banda larga e PIB per capita inferiores ao Português. No entanto, países como a Polónia e a Hungria, com PIB per capita inferior ao Português apresentam taxas de penetração de banda larga superiores, se bem que ao mesmo nível de Portugal (ambos com 51%). Acresce ainda que países como a Estónia e a Lituânia, apesar de PIB per capita inferiores ao Português, apresentam igualmente taxas de penetração da banda larga superiores à portuguesa (62% e 50%).

 

Todavia, importa sublinhar que em Portugal existem dados diferentes. O relatório anual de 2010 do Bareme Internet da Marktest contabilizava 2 034 mil lares em Portugal Continental que acedem à internet em banda larga, um número que representa 58.0% do universo de lares em estudo. Diferenças ao nível dos universos estudados podem justificar a diferença, já que o Bareme Internet estuda apenas os residentes em Portugal Continental com 15 e mais anos, deixando de fora as Ilhas e os Continentais com idade inferior aos 15 anos. Já segundo o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias 2010, do Instituto Nacional de Estatística, em 2010, 50% dos agregados domésticos em Portugal tinham acesso à Internet em banda larga. Estes dados já se aproximam mais da investigação do EuKidsOnline e tal pode-se justificar pelo facto deste inquérito ser aplicado a agregados familiares composto por pelo menos um indivíduo entre os 16 e os 74 anos de idade e a recolha para a faixa etária dos 10 aos 15 anos ser efectuada de dois em dois anos.

 

A terminar, acredito que a posição relativa de Portugal se pode dever a factores como atraso tecnológico no domínio das infra-estruturas nacionais de acesso à Internet e políticas no domínio de preços ao consumidor e programas governamentais de incentivo à adesão à banda larga pelas famílias.

 

A terminar, acredito que a posição relativa de Portugal se pode dever a factores como atraso tecnológico no domínio das infra-estruturas nacionais de acesso à Internet, políticas no domínio de preços ao consumidor e programas governamentais de incentivo à adesão à banda larga pelas famílias.

 

Veja aqui os restantes itens analisados:

EuKidsOnline: Portugal e a Europa

Tito de Morais, 15.10.11
Capa do relatório final 'EuKidsOnline - Semtember 2011'

Como referi nas mensagens anteriores, no passado dia 22 de Setembro, o projecto EuKidsOnline publicou o seu relatório final. Nas próximas mensagens, sublinharei as referências relativas a Portugal contidas no texto, muitas delas comparativamente aos restantes países alvo da investigação.

 

Veja aqui os itens analisados:

Ao longo dos próximos dias irei acrescentando a análise de mais itens.

 

Investigação Sobre Redes Sociais

Tito de Morais, 12.10.11

Ontem recebi um email da Drª Teresa Paula Marques, psicóloga clínica, solicitando-me no sentido de a ajudar a divulgar entre os meus contactos, um questionário relacionado com o seu trabalho de doutoramento. Assim, decidi reproduzir o apelo abaixo.

 

Os sites de relacionamento social (SRS), como o Facebook, tornaram-se um hábito para os jovens. Muito se fala sobre os perigos que acarretam, mas pouco se sabe acerca dos benefícios que poderão trazer à nova geração.

 

Esta investigação, levada a cabo na Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa,  tem como objectivo avaliar, quer os riscos, quer os benefícios da utilização dos sites de relacionamento social pelos jovens, quer em Portugal, quer no Brasil e nos Países de Língua Oficial Portuguesa  (Angola, Guiné, Moçambique, Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e Timor).

 

Para que isso se torne possível, necessito da sua colaboração.

 

Caso autorize a participação do(s) seu(s) filho(s) no estudo, encaminhe-lhes este email com a indicação de que abra(m) o link e preencha(m) o questionário (demora 15 a 20 minutos).

 

Encaminhe, por favor, este email para os seus contactos (em Portugal, Brasil ou Palops), sobretudo para pais de jovens entre os 14 e os 17 anos ou directamente para jovens com idades entre os 18 e os 20 anos .

 

A sua ajuda é fundamental para que se possa estudar esta temática e, com base nos resultados, possamos criar programas de prevenção para os riscos e otimização dos benefícios.

 

Grata pela atenção,

 

Teresa Paula Marques

 

Link para o estudo: http://freeonlinesurveys.com/rendersurvey.asp?sid=du44nwgokns6uw7964626

 

A investigação científica ajuda-nos a conhecer os fenómenos e a definir estratégias para lidar com os mesmos. Colaborando com esta investigação estamos a dar o nosso contributo para melhor conhecermos a forma como os jovens usam as redes sociais.