Mito #5: Os bullies são vilões
Na sequência da publicação anterior, este é o quinto mito referido no relatório do projecto EuKidsOnline.
A maioria (60 por cento) dos agressores – online ou offline – já foram eles próprios vítimas de agressões por terceiros e 40 por cento dos agressores online já foram agredidos online. Mas aqueles que já agrediram e foram agredidos online, tendem a ser psicologicamente mais vulneráveis, sugerindo um ciclo vicioso de comportamento que prejudica tanto a vítima quanto o agressor.
Aqui discordo. Os bullies, são mesmo vilões. O facto da maioria ou grande parte dos agressores – online ou offline - já terem sido vítimas de outros agressores não pode servir de desculpa para as suas acções indesculpáveis. Do mesmo modo que o facto de muitos abusadores sexuais já terem sido, eles próprios, vítima de abuso, não pode servir de atenuante, acho que o mesmo se aplica ao bullying. Seja online ou offline. O ciclo vicioso a que o texto alude não é mito. É uma realidade. E é uma realidade que não se combater com compreensão, mas com tolerância zero. Se há algo que tal deve despertar em nós, não é compreensão, mas despertar-nos para a próxima dica que lhe deixo: Seja intolerante com o bullying: as vítimas de hoje podem ser os agressores de amanhã. Só assim conseguiremos quebrar o ciclo vicioso a que alude o texto.
Veja a análise dos restantes mitos, seguindo as ligações abaixo:
- Os nativos digitais sabem tudo
- Agora todos estão a criar o seu próprio conteúdo
- Os menores de 13 anos não podem usar redes sociais, logo não nos preocupemos
- Toda a gente está a ver pornografia online
- Os bullies são vilões
- As pessoas que conhecemos na Internet são estranhos
- Riscos offline migram para o online
- Colocar o PC na sala de estar ajudará
- Ensinar competências digitais reduzirá o risco
- As crianças conseguem contornar o software de segurança