Cyberbullying, Vídeos e Professores

Sou de opinião que a posição expressa pela Associação Profissional de Professores do Reino Unido, a ser seguida, não resolve nada. Pelo contrário. Será mesmo um erro básico. Apenas fará com que esse tipo de conteúdos migrem para outros sites menos conhecidos ou até exclusivamente dedicados a esse tipo de conteúdos. Sim, esse tipo de sites existe. Lucram com a disponibilização desse tipo de vídeos de violência extrema e gratuita. Lucram graças à publicidade vinculada nas suas páginas incluindo, pelo menos, um anunciante português.
Banir sites como o YouTube, por exemplo, seria também privar crianças, jovens e adultos de uma ferramenta que pode ser usada em termos educativos. A solução, quanto a mim passa sobretudo pela adopção, por parte deste tipo de sites, de Termos e Condições de Utilização que não tolerem este tipo de conteúdos. A solução, quanto a mim, passa por esses sites actuarem rapidamente perante as denúncias dos utilizadores. A solução, quanto a mim, passa pelos utilizadores não se calarem e permanecerem impassíveis, optando antes por tomar uma posição denunciando os conteúdos que detectem e que violem os valores que defendem. A solução, quanto a mim, passa finalmente pela promoção activa da utilização deste tipo de recursos de uma forma construtiva e educativa. E para isso é necessário o envolvimento activo de famílias, escolas e comunidades.
Enquanto os proprietários deste tipo de sites não seguirem as sugestões que aqui faço, estarão a abrir a porta a posições extremistas como as da Associação Profissional de Professores britânica. O cyberbullying é um fenómeno preocupante para o qual é necessária acção. Mas não é banindo sites como o You Tube que se resolve.