Na sequência da publicação anterior, este é o quarto mito referido no relatório do projecto EuKidsOnline.
As estimativas relativas à exposição à pornografia online são mais baixas do que o que muitos anteciparam – um quarto viu imagens sexuais online ou offline no ano passado e um em cada sete viu-as online, subindo para um quarto dos adolescentes mais velhos. Mesmo assumindo alguma sub-notificação, parece que a promoção excessiva dos media relativamente à pornografia é baseada em amostras não-representativas ou a mera suposição.
Concordo com este mito. Quando ouço uma afirmação deste género, geralmente considero-a revelador do que andam a fazer na Internet as pessoas que proferem este tipo de afirmações. De todo o modo, se por um lado acho que 15 ou 25% não são percentagens para se subestimar neste tipo de questões, concordo que os media contribuem para que, por vezes, se tome a nuvem por Juno. No entanto, se o tema do acesso voluntário ou involuntário, sobretudo dos mais pequenos, a conteúdos impróprios – e não só no domínio da pornografia, mas também aqueles sobre os quais a comunicação social não fala tanto – a tecnologia pode dar uma ajuda, mas só por si não resolve. Assim, parece-me relevante deixar esta mensagem: Considere se precisa da ajuda de um programa de controlo parental. No entanto, tenha presente que não há tecnologias infalíveis e que a tecnologia, só por si não resolve. Mas pode ajudar.
Veja a análise dos restantes mitos, seguindo as ligações abaixo:
- Os nativos digitais sabem tudo
- Agora todos estão a criar o seu próprio conteúdo
- Os menores de 13 anos não podem usar redes sociais, logo não nos preocupemos
- Toda a gente está a ver pornografia online
- Os bullies são vilões
- As pessoas que conhecemos na Internet são estranhos
- Riscos offline migram para o online
- Colocar o PC na sala de estar ajudará
- Ensinar competências digitais reduzirá o risco
- As crianças conseguem contornar o software de segurança
Os comentários são bem vindos.